Casa de Euclides da Cunha
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Um centro cultural, único em sua região, dedicado ao autor de Os Sertões, Euclides da Cunha.

No acervo, há peças relacionadas a Guerra dos Canudos, livros do escritor em primeiras edições e num túmulo, no centro da sala de visitações, o encéfalo do ilustre cidadão cantagalense.

A Casa de Euclides da Cunha, criada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro em 1965, é referência em Cantagalo, constituindo o único centro cultural da cidade. Pertence à FUNARJ / Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

Foi construída em homenagem ao sociólogo, repórter, historiador, escritor e engenheiro Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, que nasceu em uma fazenda no distrito que hoje se chama Euclidelândia.

O acervo da Casa de Euclides da Cunha é formado por reproduções de documentos, desenhos e peças ligadas à vida e obra do escritor, além da primeira edição dos livros “Os Sertões” e “Contrastes e Confrontos”.

A casa também possui uma curiosidade de Euclides: o encéfalo do autor. Ele foi guardado, inicialmente, para a realização de pesquisas, já que o funcionamento desta região do cérebro ainda é um mistério para os cientistas. Hoje, ele se encontra em um túmulo, na Casa de Euclides da Cunha.

O visitante também tem acesso a uma biblioteca extensa, com cerca de 3 mil obras, dentre elas: literárias (nacionais e estrangeiras); didáticas, sobre diversos assuntos; além de publicações que analisam e interpretam Euclides e sua obra. Construída a partir do acervo original do engenheiro, contendo material usado em canudos e primeiras edições de seus livros, a biblioteca cresceu através de doações, inclusive da família do jornalista.

 

Histórico

Euclides da Cunha, escritor que está entre os maiores da literatura brasileira, nasceu em Cantagalo, no Estado do Rio, em 20 de janeiro de 1866. Formado pela Escola Superior de Guerra em 1890, bacharelou-se em Matemáticas, Ciências Físicas e Naturais.

Ingressou na Superintendência de Obras do Estado de São Paulo como engenheiro. As frequentes viagens permitiram que ele se dedicasse cada vez mais à leitura, usando seu tempo disponível para estudar sobre o Brasil.

Em 14 de março de 1897 publicou no jornal O Estado de São Paulo um artigo intitulado A nossa Vendéia, no qual se opunha à resistência dos sertanejos seguidores de Antônio Conselheiro. Após esta publicação, Euclides foi designado como correspondente do jornal para acompanhar a Guerra de Canudos, no interior da Bahia. A cobertura jornalística deste momento histórico deu origem à sua célebre obra Os Sertões.

Publicado em 1902, Os Sertões, obra de grande valor histórico e literário, se vale da ciência para examinar, sob os mais variados aspectos, a conformação do território brasileiro, o meio ambiente, a formação histórica do povo brasileiro e seus conflitos sociais. Publicou também Contrastes e Confrontos (1907); Peru versus Bolívia(1907); Castro Alves e seu tempo (1907); e À margem da História (1909). As ideias contidas nas obras de Euclides da Cunha vêm influenciando, ao longo dos anos, pesquisas e debates sobre problemas brasileiros.

Em 18 de dezembro de 1906 tomou posse na Academia Brasileira de Letras como ocupante da cadeira número 7.

Nos últimos anos de sua vida, Euclides da Cunha desenvolveu importante trabalho para o Itamaraty, ao traçar os mapas do extremo sul e norte do Brasil e venceu o concurso de Lógica para o Colégio Pedro II, onde ministrou poucas aulas.

Morreu tragicamente em 15 de agosto de 1909, no Rio de Janeiro.

 

Informações:

Horário de funcionamento: 9H às 16H de Terça à Sábado. 

Endereço:

R. Maria Zulmira Tôrres - Cantagalo, RJ, 28500-000.

Mapa no Google Maps:

https://goo.gl/maps/fM3Zd3no4HyZnXqm6