
O Museu Carmen Miranda foi criado oficialmente em 1956. Porém, sua inauguração só ocorreu 20 anos mais tarde, em 5 de agosto de 1976. A criação do museu foi uma resposta aos milhares de admiradores de Carmen Miranda, sobretudo estrangeiros, que desejavam um espaço para a preservação da memória da “Pequena Notável”, um dos mitos da Música Popular Brasileira. O acervo é composto, sobretudo, por pertences da artista, doados pela família após sua morte, em 1955, principalmente por sua irmã Aurora Miranda e seu viúvo David Alfred Sebastian.
São 3.348 itens, sendo, 1391 fotografias, 461 peças de indumentárias, entre elas 220 bijuterias, 11 trajes completos de shows e filmes, 8 cintos, 5 bolsas, 27 pares de sapatos e 38 turbantes. Além dos famosos balangandãs, destacam-se a saia usada em seu show de estreia na (Broadway); o turbante com que se casou e alguns trajes completos, como o que vestiu no dia em que foi homenageada na Calçada da Fama e o de seu último show, na véspera de sua morte.
O museu guarda, também, uma expressiva documentação bibliográfica e iconográfica: caricaturas originais, roteiros de filmes com anotações feitas por Carmen, fotografias, cartazes, troféus, partituras, programas e agradecimentos. Além de cinco mil recortes de jornais e revistas que relatam os acontecimentos históricos da “Embaixatriz do Samba”. Este espaço pertence a FUNARJ - Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro.
O museu foi fechado para visitação em 2013, onde atendia apenas a pesquisadores. Tendo sido reaberto em agosto de 2023, após tantos anos, o Museu voltou a receber o público de braças abertos, no coração do Flamengo.
Histórico
Sobre Carmen Miranda:
A cantora e atriz, Carmen Miranda, nasceu em 9 de fevereiro de 1909, em Marco de Canaveses, Portugal. Com 10 meses, chegou ao Rio de Janeiro, com seus pais e sua irmã Olinda, indo morar em São Cristóvão.
Concluiu o ginásio no Colégio Santa Teresa e logo depois começou a trabalhar em várias casas de chapéus.
Em 1928, o jornalista baiano, Aníbal Duarte d’Oliveira, a ouviu cantar e, impressionado com seu talento, a apresentou ao violonista, Josué de Barros, que teve importante participação em sua carreira.
Carmen se apresenta pela primeira vez em um festival, em janeiro de 1929, cantando dois tangos, uma toada e um samba-canção. Começou a cantar na rádio e gravou pela gravadora RCA Victor, "Triste Jandaia" e "Dona Balbina".
Sua consagração aconteceu com a música "Tá hi", de Joubert Gontijo de Carvalho, que lhe deu os títulos de, "Rainha do Disco" e "A Maior Cantora Popular Brasileira".
Assinou contratos com a rádio Mayrink Veiga, a Tupi e com as gravadoras RCA Victor e Odeon Records. Cantou nos cassinos de Copacabana, do Atlântico e da Urca.
Em 1939, o empresário norte-americano Lee Schubert a contratou e a levou para Nova York, com o "Bando da Lua", formado por Oswaldo Éboli - Vadeco (pandeiro); Aloysio de Oliveira (violão e solista vocal); Hélio Jordão Pereira (violão); Ivo Astolphi (banjo e violão-tenor) e os irmãos cearenses, Afonso (ritmo e flautinha), Stenio (cavaquinho) e Armando Ozório (violão).
Estreou na Broadway com o espetáculo, "Streets of Paris", assim começando sua trajetória de compromissos nos Estados Unidos, o que a afastou por vários anos do Brasil. No entanto, a cantora dedicou-se a divulgar música e cultura brasileiras, transformando-se numa verdadeira embaixatriz da "Música Popular Brasileira".
Como atriz, participou de filmes como, "Alô, Alô, Carnaval", "Serenata Tropical", "Uma Noite no Rio", "Minha Secretária Brasileira", "Morrendo de Medo", entre outros. Carmen Miranda foi a única sul-americana a deixar sua marca na Calçada da Fama, privilégio dado às grandes estrelas de Hollywood.
Faleceu em 5 de agosto de 1955, após sofrer um enfarte em sua residência em Beverly Hills, na Califórnia. Uma semana depois seu corpo chegou ao Rio, levado ao cemitério São João Batista por um dos maiores cortejos da história. Milhares de pessoas cantavam, emocionadas, seus sucessos.
Informações
Quarta até Sexta, das 11h até às 17h
Sábados, Domingos e Feriados das 12h até às 17h
Endereço: Av. Rui Barbosa - Flamengo, Rio de Janeiro - RJ.
Contato:
Telefone: (21) 2334-4293.
e-mail: museucarmenmiranda@funarj.rj.gov.br
GPS: Google Maps.